
Pires defende Couto Neto e espera reverter a prisão
Pires, advogado de defesa de João Couto Neto, alegou que seu cliente é alvo de “injustiça” e disse esperar reverter a prisão no Tribunal. Em suas palavras, “João não deixou a comarca de Novo Hamburgo em nenhum momento, está respondendo todos os processos movidos contra si e não vem exercendo a medicina. Triste ver a justiça enveredar pelo caminho da vingança, prática que infelizmente virou regra no Brasil”.
25 cirurgias em um dia
Couto Neto é investigado por realizar até 25 cirurgias em um único plantão. Atuava quase sempre no Hospital Regina, em Novo Hamburgo, onde alugava o centro cirúrgico em troca de uma porcentagem dos procedimentos que realizava.
A vida do médico começou a mudar em novembro do ano passado, quando um grupo de 15 pessoas procurou a polícia para denunciar supostos erros médicos, com relatos que remontam a 2010. Atualmente, a polícia investiga 156 casos, incluindo 42 mortes, com acusações que vão desde dilaceração de órgãos até cortes desnecessários.
Após ser alvo da polícia no Rio Grande do Sul, Couto Neto foi trabalhar em São Paulo, atendendo em hospitais no interior e na capital até ser preso. Conhecido em Novo Hamburgo como João Couto Neto, ele passou a se identificar em São Paulo como João Batista, seu nome completo sendo João Batista do Couto Neto. No estado de São Paulo, ele foi contratado indiretamente como autônomo ou terceirizado para trabalhar em órgãos públicos e filantrópicos.