Candidata do Novo simula gravação de podcast para impulsionar vídeos no Instagram
No início desta semana, a candidata à Prefeitura de São Paulo pelo partido Novo, Marina Helena, foi alvo de críticas após simular a gravação de um podcast para impulsionar cortes de vídeo em sua campanha no Instagram. Utilizando o formato de “mesacasts” transmitidos ao vivo, a economista aparece em anúncios questionando sobre escândalos de corrupção no governo Bolsonaro e defendendo uma postura de “tolerância zero” em relação à segurança pública.
De acordo com informações da campanha de Marina, os vídeos foram produzidos durante a gravação de um podcast com candidatos a vereador e apoiadores, que ainda não foi ao ar. A assessoria da candidata afirmou que a escolha desse formato se deu porque o estúdio estava montado para gravações de podcast naquele dia e que Marina é frequente em podcasts, participando de mais de 20 nos últimos meses.
Os cortes de vídeo tiveram diferentes alcances e custos, sendo que um deles sobre o governo Bolsonaro teve entre 4.000 e 5.000 impressões com um gasto de menos de R$ 100, enquanto o vídeo sobre segurança pública alcançou de 200 mil a 250 mil impressões com um custo entre R$ 3.500 e R$ 4.000.
Além desses vídeos, a campanha de Marina conta com outros seis anúncios promovidos com o mesmo formato de “mesacasts”, onde a candidata se dirige a um interlocutor oculto em quatro deles. Essa estratégia de cortes de vídeo nas redes sociais tem se destacado nas eleições de 2024, com concorrentes como Pablo Marçal do PRTB investindo nesse tipo de conteúdo viral.
Apesar de ter 336 mil seguidores no Instagram, a candidata do Novo está longe dos números de seguidores de outros concorrentes, mas sua equipe destaca que os cortes de vídeo são uma forma eficaz de se comunicar com o público, principalmente diante da restrição de tempo na TV.
