DestaqueUOL

Corredora espanhola perde medalha de bronze por ajudar guia na maratona dos Jogos Paralímpicos, gerando desqualificação em momento decisivo.

Congost perde medalha por ajudar guia nas Paralimpíadas

A corredora espanhola Elena Congost perdeu a medalha de bronze na maratona dos Jogos Paralímpicos por ter ajudado seu guia no final da prova. Ela precisou soltar brevemente a corda que a unia ao companheiro – que perdeu o equilíbrio enquanto sofria cãibras – uma violação das regras.

Atletas cegos e com deficiência visual correm com um guia, uma pessoa que os mantém no caminho certo. O corredor e o guia devem, a todo momento, estar unidos por uma corda curta, com um laço em cada extremidade.

Cerca de 10 metros antes da linha de chegada, após três horas de corrida, Congost estava a caminho do terceiro lugar quando seu guia, Mia Carol Bruguera, que estava sofrendo de cãibras, tropeçou. Congost foi ajudar a estabilizá-lo, soltando brevemente a corda no processo. Eles rapidamente se estabilizaram e cruzaram a linha, mais de três minutos à frente do quarto colocado, mas a soltura da corda levou à desqualificação.

De acordo com as regras, Congost foi desqualificada por soltar a corda que a unia ao guia antes da linha de chegada, resultando na perda da medalha de bronze. O ouro e a prata ficaram com atletas marroquinos, enquanto o bronze foi concedido a Misato Michishita, do Japão.

No entanto, Congost expressou sua tristeza com a situação, afirmando que não tentou trapacear, mas apenas agiu por instinto humano ao tentar ajudar o guia em dificuldade. “Estou arrasada, para ser honesta, porque eu tinha a medalha. Estou superorgulhosa de tudo o que fiz”, disse ela em entrevista ao jornal Marca.

Congost competia na categoria T12 para atletas com deficiência visual menos intensa. Em competições passadas, ela conquistou a medalha de ouro na mesma prova. Após o incidente, a atleta refletiu sobre o ocorrido, destacando a importância do trabalho em equipe entre corredor e guia nas competições paralímpicas.

Além do caso de Congost, outro episódio que chamou atenção foi a desqualificação de um atleta iraniano por violações durante a competição de lançamento de dardo. O gesto feito pelo atleta e a exibição de uma bandeira foram considerados inapropriados pelas autoridades, resultando na perda da medalha de ouro.

A polêmica envolvendo esses casos serve como reflexão sobre a importância do cumprimento das regras e do respeito ao espírito esportivo, independentemente das circunstâncias. Nas Paralimpíadas, atos de integridade e fair play são fundamentais para a valorização da competição e do esforço dos atletas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo