
São Paulo e a dependência da Amazônia: uma relação de vida ou morte
Em meio à crescente preocupação com as mudanças climáticas e o desmatamento na Amazônia, os paulistas se veem diante de uma realidade alarmante: a dependência direta da maior floresta tropical do mundo para sua sobrevivência.
O Trópico de Capricórnio corta desertos na América do Sul, África e Austrália, mas no Brasil, graças à umidade proveniente da Amazônia, que se choca com a Cordilheira dos Andes e se espalha pelo Sudeste e Sul do país, nossa região é agraciada com vida e prosperidade.
No entanto, quando a Amazônia sofre com fortes secas e incêndios, como temos observado nos últimos anos, São Paulo também é afetado. Seja por ação de fazendeiros criminosos ou por acidentes, o fogo encontra terreno fértil para se propagar, colocando em risco não apenas a biodiversidade, mas também a população local.
No inverno, os incêndios causam prejuízos irreparáveis, ameaçando não apenas a agropecuária e as indústrias, mas também a vida de milhares de paulistas. Já no verão, as tempestades provocam deslizamentos e inundações, ceifando vidas e causando danos materiais nas periferias da cidade.
Recentemente, uma tempestade deixou 1,5 milhão de moradores sem luz por mais de 24 horas, evidenciando a falta de preparo das autoridades e concessionárias de serviços públicos para lidar com eventos climáticos extremos. Além disso, a falta de manutenção das árvores urbanas e a fragilidade das infraestruturas contribuem para agravar a situação, colocando em risco a segurança e o bem-estar da população.
Diante desse cenário, torna-se urgente a adoção de medidas preventivas e de adaptação para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Responsabilizar o poder público e o setor privado é fundamental, mas também é necessário que cada cidadão assuma sua parcela de responsabilidade na preservação do meio ambiente e na mitigação dos impactos do aquecimento global.