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Disputa judicial por hangar no Campo de Marte em São Paulo completa 22 anos e envolve empresário ligado à Varig.

Há 22 anos, uma disputa judicial na 4ª Vara Civil Federal de São Paulo envolve a Tucson Aviação, que se recusa a sair de um hangar de 3,8 mil m² no Aeroporto de Campo de Marte. A empresa alega que presta um serviço que não pode ser licitado pelo governo e que sair do local resultaria em prejuízos irreparáveis. Recentemente, a Polícia Civil apreendeu um avião ligado a traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) nesse hangar, o que levou a Justiça a determinar a saída da Tucson do local.

A empresa opera no hangar desde 1999 e enfrentou diversas batalhas legais com a Infraero ao longo dos anos. O imbróglio do hangar também envolve o empresário Marco Antônio Audi, conhecido por seus negócios no setor aéreo. Audi, que já esteve envolvido na tentativa de salvar a Varig da falência, é um dos personagens centrais dessa disputa.

Em 2008, a Justiça decidiu contra a Tucson, determinando a reintegração de posse da área. A empresa acumulou dívidas milionárias com o governo e viu a situação se arrastar por anos. No entanto, recentemente, a Infraero concedeu o Campo de Marte à PRS Aeroportos, que solicitou que a Tucson deixasse o hangar, resultando em uma nova decisão judicial favorável à saída da empresa.

O advogado da Tucson contesta a ordem de desocupação, alegando que a empresa tem direito a renovações contratuais sem licitação, conforme o artigo 40 do Código Brasileiro de Aeronáutica. Ele também nega a inadimplência da Tucson, destacando que a empresa depositou valores em uma conta judicial para pagamento do aluguel do hangar.

Com o desfecho desfavorável à Tucson, a empresa agora precisa deixar o hangar que ocupou por mais de duas décadas. O caso envolvendo a Tucson Aviação e a disputa pelo hangar do Campo de Marte chega a um desfecho após anos de litígio e polêmicas.

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