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Esther Dweck assume Ministério dos Direitos Humanos após demissão de Silvio Almeida por assédio sexual no governo Lula

Lula nomeia Esther Dweck como Ministra Interina dos Direitos Humanos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira, 6, a nomeação de Esther Dweck como ministra interina dos Direitos Humanos. A decisão veio após a demissão de Silvio Almeida, acusado de assédio sexual no governo. Dweck, que também comanda o Ministério da Gestão e Inovação, acumulará as duas funções até a nomeação de um novo chefe para a pasta dos Direitos Humanos.

Esther Dweck é uma figura histórica dentro do PT e foi uma das integrantes do governo que aconselhou Lula antes da demissão de Almeida. Embora tenha uma vasta carreira na área econômica, ela não possui formação acadêmica específica em Direitos Humanos.

A nomeação de Dweck ocorre após a renúncia da secretária-executiva Rita Cristina de Oliveira, que desistiu de ocupar interinamente o cargo em solidariedade a Almeida.

Economista e professora, Dweck é doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e já lecionou em instituições de ensino como a UFRJ e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela também é autora de livros na área econômica.

Com uma trajetória marcada por atuações no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e no Senado, Dweck recebeu o prêmio Mulher Economista 2021 pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon).

Após ter participado da equipe de transição do governo Lula em 2022, Esther Dweck foi anunciada como ministra em dezembro daquele ano. Durante sua gestão na Gestão e Inovação, ela implementou medidas como o Concurso Nacional Unificado (CNU).

Silvio Almeida é demitido por denúncias de assédio sexual

Almeida foi demitido após denúncias de assédio sexual envolvendo pessoas ligadas ao governo federal. A organização Me Too, que expôs as acusações, mencionou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como uma das supostas vítimas.

Anielle Franco, em comunicado, lamentou pressões sobre as vítimas e se comprometeu a cooperar com as investigações. Por sua vez, Almeida declarou inocência e prometeu colaborar com as investigações para provar sua defesa.

A exoneração de Almeida marcou o quarto ministro demitido no governo Lula desde o início do mandato. Ele e Gonçalves Dias foram os únicos afastados por denúncias veiculadas na imprensa.

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