Agência BrasilDestaque

Denúncias de assédio sexual em órgãos públicos federais alcançam 571 registros, revela CGU. Presidente demite ministro após acusações.

Na última semana, um levantamento realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que as ouvidorias de 173 órgãos públicos federais receberam um total de 571 denúncias e reclamações de assédio sexual ao longo deste ano. Os números constam no painel “Resolveu?”, disponibilizado pela CGU, onde mais de 97% das manifestações se configuraram como denúncias e apenas 2,5% como reclamações.

Dentre os órgãos mais citados nas denúncias estão a Universidade Federal de Rondônia, com 32 registros, seguida pelo Ministério da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco e CGU, cada um com 20 casos reportados. Destaque também para o Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ambos com 11 ocorrências, bem como a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Ceará, cada uma com dez registros.

No que se refere ao perfil dos denunciantes, cerca de 60% dos registros identificam a natureza da denúncia como sendo de conduta sexual. No entanto, há pouca informação sobre os denunciantes, sendo que três quartos não informaram dados como localização ou cor. Entre os 88 indivíduos que identificaram seu sexo, 66 eram mulheres e 22 eram homens.

Além disso, na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após denúncias de assédio sexual. Surpreendentemente, não há registro de denúncias ou reclamações de assédio sexual no MDH no painel “Resolveu?” da CGU.

Esses números demonstram a urgência em promover a conscientização e adotar medidas efetivas para prevenir e combater o assédio sexual nos ambientes de trabalho, garantindo um ambiente seguro para todos os servidores e colaboradores dos órgãos públicos federais. É fundamental que essas denúncias sejam investigadas e que as medidas necessárias sejam tomadas para coibir tais práticas condenáveis.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo