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Cerco de forças venezuelanas à Embaixada Argentina em Caracas gera tensão diplomática e preocupação com asilados ligados à oposição.

Forças venezuelanas impõem cerco à Embaixada Argentina em Caracas

No último dia 6 de agosto, as forças venezuelanas impuseram um cerco à Embaixada Argentina em Caracas, que está sob custódia do Brasil desde a expulsão de diplomatas argentinos pelo regime chavista. Segundo relatos de um coordenador da oposição, homens encapuzados cercaram o local durante a noite, colocando em risco as seis pessoas asiladas na embaixada, todos ligados à oposição ao governo de Nicolás Maduro.

As tensões diplomáticas na Venezuela se intensificaram após a controversa eleição presidencial realizada no final de julho, que concedeu um novo mandato a Maduro em meio a acusações de fraude. Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da líder opositora María Corina Machado, divulgou em suas redes sociais vídeos e relatos sobre o cerco à embaixada, destacando a presença de homens armados e o corte de energia no local.

O Itamaraty manifestou preocupação com a situação e afirmou que o foco no momento é garantir o bem-estar de todos os asilados na embaixada. Enquanto isso, o governo argentino anunciou planos de acionar o Tribunal Penal Internacional para exigir a prisão de Maduro e outros líderes venezuelanos acusados de perseguir opositores.

Desde as eleições, mais de 2,4 mil pessoas foram presas na Venezuela, incluindo o candidato opositor Edmundo González, contra quem foi emitida uma ordem de prisão pelo Ministério Público. González se recusou a prestar depoimento em uma investigação sobre supostas fraudes no pleito eleitoral. A situação do país se agravou ainda mais com o apagão nacional que ocorreu na última sexta-feira, afetando todo o território venezuelano.

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