
Desde agosto, o Brasil está encarregado da custódia dos escritórios diplomáticos da Argentina e do Peru na Venezuela, assim como da representação de seus interesses e cidadãos no país caribenho, após a expulsão dos funcionários de ambas as legações. O Brasil também assumiu a custódia dos seis refugiados da oposição.
Além da Argentina, o governo de Maduro também exigiu que o Peru, o Chile, a Costa Rica, o Panamá, a República Dominicana e o Uruguai retirassem “imediatamente” seus representantes, em rejeição às suas declarações “interferentes” sobre as eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o chavista foi proclamado vencedor, o que é questionado por grande parte da comunidade internacional.
O governo argentino prometeu, inclusive, acionar o Tribunal Penal Internacional para exigir a prisão de Maduro e outros líderes da ditadura venezuelana por perseguição a opositores. Na semana passada, a Justiça do país emitiu uma ordem de prisão contra Edmundo González, 75, o candidato que representou a coalizão opositora na eleição.
A Venezuela vive atualmente um cenário sem precedentes de repressão política e autoritarismo. Até o momento, o governo do autoproclamado presidente reeleito não apresentou os registros das eleições, e tem abafado com violência quem manifesta dúvidas em relação ao processo. Até o momento, mais de 2.400 pessoas foram presas desde as eleições de 28 de julho.