
Em meio à gravidade das denúncias de assédio moral e sexual, o Palácio do Planalto anunciou a abertura de uma investigação contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
Segundo comunicado oficial do Planalto, “a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu instaurar de ofício um procedimento de apuração”. Além disso, Silvio Almeida enviou ofícios à Controladoria Geral da União, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República para que as acusações sejam investigadas, as quais ele afirmou repudiar.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo Palácio do Planalto:
O ministro Silvio Almeida foi convocado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, devido às denúncias veiculadas pela imprensa contra ele.
O Governo Federal reconheceu a seriedade das denúncias, lidando com o caso com a necessária rigidez e agilidade que situações envolvendo possíveis violências contra as mulheres demandam.
As acusações, feitas anonimamente por diversas mulheres, foram respaldadas pela organização Me Too Brasil, que confirmou ter recebido denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. As vítimas, com consentimento, receberam apoio psicológico e jurídico da organização.
Silvio Almeida negou veementemente as acusações, alegando falta de fundamentos e ilações absurdas com o intuito de difamá-lo. Ele afirmou que as denúncias buscam prejudicá-lo e apagar suas conquistas e futuro.
O Me Too salientou que é essencial dar voz às vítimas de violência sexual e que ninguém deve estar acima da lei, incluindo indivíduos em posições de poder. O processo de denúncia é crucial para responsabilizar os agressores e interromper o ciclo de impunidade.
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