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Ministério das Mulheres classifica denúncias de assédio contra ministro como “graves” e exige investigação rigorosa

O Ministério das Mulheres emitiu uma nota nesta sexta-feira (6) em que classifica como “graves” as denúncias feitas pela organização de apoio a vítimas de violência sexual, Me Too, contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, acusado de assédio sexual. A nota do ministério manifesta solidariedade a todas as mulheres que têm coragem de quebrar o silêncio e denunciar situações de assédio e violência, reafirmando que nenhuma forma de violência contra a mulher deve ser tolerada.

Segundo o Ministério das Mulheres, a prática de violência e assédio contra a mulher é inaceitável e não condiz com os princípios da Administração Pública Federal e da democracia. Neste sentido, toda denúncia dessa natureza deve ser investigada de forma rápida, com rigor e perspectiva de gênero, valorizando a palavra das vítimas e responsabilizando os agressores de maneira exemplar.

O Brasil é signatário de acordos internacionais que garantem os direitos das mulheres e se compromete a eliminar a discriminação e a violência de gênero. O Ministério destaca ainda que diversas ações de proteção e acolhimento estão previstas no Programa Federal de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação na administração pública federal.

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles e confirmadas posteriormente pela organização Me Too. Um dos supostos casos envolve a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou sobre o assunto. Por outro lado, o ministro negou veementemente as acusações, classificando-as como mentirosas e absurdas, com o intuito de prejudicá-lo.

Após as denúncias virem à tona, o ministro foi convocado a prestar esclarecimentos à Controladoria-Geral da União e à Procuradoria Geral da República. O governo federal reconhece a gravidade das denúncias e está tratando o caso com a urgência e seriedade que demanda a violência contra as mulheres. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir um procedimento para apurar as denúncias e o próprio ministro acionou instâncias competentes para investigar o caso. A verdade dos fatos ainda será apurada para se chegar a uma conclusão justa.

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