Influenciadora Natalia Becker se torna ré por morte em procedimento estético; ação tramita sob sigilo na Justiça de São Paulo.
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Segundo informações do Ministério Público, Natalia se apresentava como profissional de estética nas redes sociais, mesmo sem ter habilitação para realizar esses procedimentos. A vítima, Henrique, foi induzida a erro ao não ser informada sobre os riscos do procedimento, incluindo os cardíacos e a alta toxicidade do Fenol.
O homem morreu no local do procedimento em decorrência de um edema pulmonar agudo causado pela inalação do Fenol, conforme laudo de exame necroscópico. O inquérito foi concluído pelo 27º Distrito Policial de São Paulo em agosto deste ano.
O caso gerou repercussão e levou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) a pedir a regulamentação e fiscalização do uso de substâncias perigosas em procedimentos estéticos, como o Fenol. O Cremesp especificou que tais substâncias devem ser restritas a profissionais de saúde habilitados.
Após a solicitação do Cremesp, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda e o uso do Fenol para profissionais não médicos, em uma resolução publicada em junho deste ano.
Diante desse triste episódio, fica a reflexão sobre a importância da regulamentação e fiscalização dos procedimentos estéticos, visando a segurança e bem-estar dos pacientes. A necessidade de conscientização e responsabilidade por parte dos profissionais que atuam nesse ramo é fundamental para evitar novas tragédias como a de Henrique da Silva Chagas.