Especialistas alertam para escassez de profissionais e leitos para tratamento de transtornos alimentares no país
A audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quinta-feira (5) trouxe à tona a preocupante realidade dos transtornos alimentares no Brasil. Especialistas na área ressaltaram a falta de profissionais e de leitos psiquiátricos adequados para o tratamento de pacientes em estado grave, como é o caso da anorexia nervosa, que apresenta uma taxa de mortalidade alarmante de 20%.
Além disso, os especialistas destacaram a disparidade de custo entre alimentos saudáveis e ultraprocessados, evidenciando a dificuldade de acesso à alimentação adequada para a população. Nesse sentido, a necessidade de políticas públicas que incentivem uma alimentação saudável e acessível se torna urgente.
Outro ponto levantado durante a audiência foi a influência das redes sociais na promoção de padrões de magreza inalcançáveis e prejudiciais à saúde mental. Em vista disso, os especialistas defenderam a regulamentação das redes sociais no que diz respeito à publicidade de produtos e padrões de beleza irrealistas, visando proteger a saúde e o bem-estar da população, especialmente dos mais jovens.
O debate realizado na CAS evidenciou a importância de se investir na formação de profissionais especializados, na ampliação de serviços de saúde mental e na implementação de políticas que promovam uma alimentação equilibrada e saudável para todos os cidadãos. A conscientização sobre os transtornos alimentares e a necessidade de medidas efetivas para enfrentá-los foram os principais pontos de destaque desta audiência pública.
