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TV Cultura adia produção de programas especiais de aniversário de 55 anos devido a disputa por verbas com governo de São Paulo.

Aracaju

A TV Cultura tomou a decisão de suspender a produção de oito programas em comemoração aos seus 55 anos, previstos para serem realizados a partir deste mês de setembro. Segundo informações apuradas pelo F5, os projetos adiados agora têm previsão de serem produzidos somente em 2025, aguardando uma resolução para a situação em questão. O motivo do adiamento seria a disputa por repasses de verba entre a Fundação Padre Anchieta, responsável pela emissora, e o Governo de São Paulo.

Um dos principais projetos adiados é a nova versão do seriado “Mundo da Lua”, que fez sucesso nos anos 1990 e estava programado para retornar em forma de refilmagem neste ano. Além disso, programas como “Meu Nome é Correria” com Cazé Pecini e “Na Cadência do Samba” com Thobias da Vai-Vai também tiveram suas produções adiadas, mesmo com todos os detalhes definidos para as filmagens.

Outros projetos adiados incluem a série “Quando Eu Vim-Me Embora”, inspirada na migração nordestina e baseada na obra de Marco Antonio Villa, com direção de João Falcão, e “Expresso Oriente”, apresentado por Jaime Spitzcovsky, abordando temas relacionados à Ásia. No entanto, atrações jornalísticas como o programa “Roda Viva” continuarão sendo exibidas normalmente.

Em nota ao F5, a TV Cultura afirmou: “Devido à diminuição de receitas da TV Cultura, a emissora irá suspender temporariamente a gravação de alguns programas de sua grade. A maioria dessas produções terão continuidade através de reprises.” Por outro lado, o Governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freiras, do partido Republicano, negou problemas de repasses de verba para a Fundação Padre Anchieta, destacando um aumento de 10% no investimento em 2024.

Desde o início do ano, uma disputa entre o governo paulista e a TV Cultura tem sido evidente, manifestando-se publicamente como cortes de gastos e aumento de eficiência. Nos bastidores, membros da gestão estadual e parlamentares alinhados ao governo Bolsonaro expressam incômodo com a independência da programação da emissora.

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