Senador Cleitinho critica flexibilização da inelegibilidade e sugere punições mais severas para políticos envolvidos em desvios de dinheiro público.

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) fez duras críticas, durante seu pronunciamento na quarta-feira (4), ao projeto de lei da Câmara dos Deputados que propõe flexibilizar as regras de inelegibilidade (PLP 192/2023). Em sua fala, o parlamentar defendeu a imposição de punições mais severas para políticos envolvidos em desvios de dinheiro público, indo além dos atuais oito anos de inelegibilidade previstos na legislação. Ele ainda propôs uma emenda que estabelece a proibição permanente de candidatura para determinados políticos, citando como exemplos os casos de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.
“Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, que levou dinheiro público para Dubai. Sérgio Cabral fez o mesmo. Esses indivíduos deveriam ser banidos da política. Em um país sério, essas figuras nunca mais poderiam se candidatar novamente. O que mais me chama atenção é que a Lei da Ficha Limpa fala sobre transparência e moralidade. Este projeto de flexibilização vem da filha de Eduardo Cunha, a deputada Dani Cunha (União-RJ)”, afirmou.
O senador também demonstrou desaprovação em relação à decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender mais uma vez as redes sociais do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e bloquear R$ 50 milhões de sua conta. Cleitinho considerou a ação injusta e destacou as restrições impostas ao colega parlamentar.
Além disso, o parlamentar questionou a utilização de recursos públicos pelo Exército, apontando um contrato no valor de R$ 684 mil para serviços de bufê, incluindo pratos sofisticados como filé de salmão ao molho de maracujá e pernil de cordeiro assado. Ele também mencionou uma licitação de R$ 870 mil para a compra de uma espada “banhada a ouro” e outra de R$ 570 mil para aquisição de medalhas, levantando dúvidas sobre a real necessidade desses gastos em eventos como o desfile de 7 de Setembro.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)