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Crise na Venezuela: Pressa por processo político após prisão de candidato
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A pressa por um processo político ganhou força depois de o regime venezuelano decretar a prisão de Edmundo Gonzalez, candidato presidencial e que alega ter vencido o pleito. Em julho, a eleição era a esperança da comunidade internacional de que a crise política na Venezuela seria superada. Mas, sem apresentar provas, o atual presidente Nicolás Maduro anunciou que saiu como vencedor.
Na terça-feira, Brasil e Colômbia publicaram um comunicado demonstrando a preocupação diante do que uma prisão do opositor pode significar para o processo de mediação. Mas, ao contrário da ONU, EUA e outros governos, Lula e Petro evitaram condenar Maduro pelo ato. A manobra foi um esforço de manter aberto o possível canal de diálogo com o regime em Caracas.
Fontes na ONU, em Nova York, confirmaram ao UOL que a esperança é de que esses três países sirvam de interlocutores para uma crise que preocupa a comunidade internacional.
Maduro, nas últimas semanas, criticou o comportamento de Lula e de Petro, que sugeriram a convocação de novas eleições. Os colombianos ainda apresentaram um projeto mais amplo, com etapas para superar a crise. Ele envolveria a formação de um governo de aliança nacional, a suspensão das sanções contra Maduro, uma anistia a todos os atores políticos no país e, finalmente, uma eleição com observadores internacionais.