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Operação da PF no Tocantins gera debandada no governo e senador questiona: “Gestão em crise ou castelo da corrupção ruindo?”

Em um pronunciamento na última quarta-feira (4), o senador Irajá, do Partido Social Democrático (PSD) do Tocantins, levantou questionamentos sobre o elevado número de exonerações no governo estadual, após uma operação da Polícia Federal ter sido deflagrada em 21 de agosto. A ação visava investigar um suposto esquema de desvio de recursos na venda de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. De acordo com o parlamentar, até a última sexta-feira (30), foram efetuadas 18 exonerações, todas elas a pedido dos próprios servidores.

O senador destacou que tais exonerações ocorreram em um curto espaço de tempo, logo após os desdobramentos da operação da PF. Ele ressaltou que os funcionários demitidos eram peças importantes e estratégicas na administração do governador Wanderlei Barbosa, levantando assim a suspeita de que essa debandada repentina possa indicar uma gestão em crise ou até mesmo uma desintegração do suposto castelo de corrupção instalado no estado.

Além disso, Irajá apontou que o Executivo local realizou o adiantamento dos salários dos servidores estaduais do mês de agosto, classificando a ação como um “movimento estratégico” para desviar a atenção da população em relação à operação da Polícia Federal.

O senador ainda chamou a atenção para o fato de que os dados relativos à gestão do governo estadual foram retirados do ar logo após a operação. Conforme sua declaração, a Agência de Tecnologia da Informação do Tocantins alegou problemas no servidor da plataforma, o que impactou o acesso a informações e serviços de 13 órgãos e secretarias do governo, incluindo a Secretaria de Ação Social, alvo das investigações.

Por fim, Irajá concluiu que as ações adotadas pelo governador Wanderlei Barbosa, como retirar do ar a plataforma de transparência de dados, são desesperadas e visam ocultar informações importantes para a sociedade. Ele ressaltou a importância do controle social e da fiscalização, pilares essenciais da democracia, e enfatizou que tais medidas não alteram o fato de que Barbosa lidera um governo marcado por escândalos de corrupção.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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