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O Palácio do Planalto divulgou uma nota informando que o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, foi convocado para prestar esclarecimentos sobre denúncias de assédio sexual, que teriam como uma das vítimas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
De acordo com a nota oficial, Silvio Almeida compareceu à CGU e AGU para se explicar e se comprometeu a enviar ofícios para que o caso seja investigado pelo Ministério da Justiça e pela Procuradoria Geral da República. A Comissão de Ética da Presidência também abriu um procedimento para apuração dos fatos.
Apesar das acusações, o ministro nega e até mesmo solicitou as investigações, enquanto a ministra Anielle Franco, que teria sido assediada, não confirmou o ocorrido quando procurada anteriormente.
Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, teria sido vítima de toques inapropriados, beijos fora de contexto e comentários de cunho sexual pelo ministro de acordo com fontes próximas. Aliados de Silvio Almeida rebatem as acusações e apontam uma possível perseguição política.
O Me Too Brasil, organização que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou ter recebido denúncias de assédio envolvendo Silvio Almeida, mas preservou a identidade das vítimas. O ministério tem sido alvo de diversas denúncias desde o início da gestão, porém nega as acusações.
Em sua defesa, Silvio Almeida disse: “Repudio com veemência as mentiras assacadas contra mim. Toda denúncia deve ser investigada com rigor, e encaminharei ofícios para apuração do caso.”
A nota do Me Too Brasil confirmou a recepção das denúncias e enfatizou a importância de denunciar agressores em posições de poder para quebrar o ciclo de impunidade.