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Mercado ilegal de combustíveis tira 15% dos lucros das grandes empresas do setor, aponta relatório do BBI do Bradesco

Impacto do mercado ilegal de combustíveis no setor

Um relatório produzido pelo BBI, o braço de investimento do Bradesco, revelou dados alarmantes sobre o mercado ilegal de combustíveis no país. De acordo com o estudo, esse mercado paralelo está levando quase 15% dos lucros das grandes companhias do setor e causando uma significativa evasão fiscal, estimada em cerca de R$ 26 bilhões anualmente.

Entre as práticas fraudulentas mais comuns estão importações ilegais, roubos de oleodutos, adulteração de produtos, endividamentos contínuos e o uso de empresas fictícias para ocultar atividades ilegais. Essas ações prejudicam não apenas as empresas regulares, mas também impactam diretamente os cofres públicos.

Segundo o levantamento, se o mercado ilegal não existisse, empresas como Vibra, Raízen e Ultrapar, que representam mais de 40% do setor, teriam um valor de mercado entre 11% e 17% maior do que o atual. Após o fechamento do mercado, a Raízen liderava em valor, seguida por Vibra e Ultrapar, com valores bilionários.

Roubo dos cofres públicos

Além das perdas para as empresas, a evasão fiscal causada pelo mercado ilegal também é um problema grave para os cofres públicos. Estima-se que apenas com sonegação fiscal, os entes federados percam mais de R$ 14 bilhões anualmente.

Empresas que utilizam práticas ilegais, como a “barriga de aluguel”, acumulam dívidas fiscais milionárias e utilizam de artifícios judiciais para adiar medidas punitivas. A situação é ainda pior no caso de importações fraudulentas via Zona Franca de Manaus, que representam desvios significativos de recursos públicos.

Diante desse cenário preocupante, medidas mais eficazes de combate ao mercado ilegal de combustíveis precisam ser adotadas, incluindo ações mais rigorosas por parte das autoridades fiscais e judiciais. A transparência e a fiscalização são fundamentais para combater essas práticas danosas ao setor e à sociedade como um todo.

Por Diego Felix

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