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Investigação da Polícia Federal aponta 52 casos suspeitos de incêndios florestais de origem criminosa em diversas regiões do Brasil.

Polícia Federal investiga conexão criminosa em incêndios florestais

A Polícia Federal (PF) está atualmente investigando 52 casos de incêndios florestais em todo o país, nos quais há suspeita de ação criminosa. As investigações apontam para a possibilidade de ação humana intencional como a principal causa das queimadas, que vem assolando diversas regiões do Brasil nas últimas semanas. Até o momento, não há evidências de uma ação orquestrada ou ligação com o crime organizado, mas essas possibilidades não estão descartadas.

De acordo com dados oficiais, desde o dia 1º do mês até a tarde desta quinta-feira (5), foram registrados cerca de 20.700 focos de incêndio em todo o território nacional. Diante desse cenário, representantes do governo estudam a possibilidade de aumentar a pena para casos de incêndios criminosos. Com a pior seca já registrada no país e o pico da temporada de incêndios se aproximando, previsto para outubro, a situação tende a se agravar. Nas últimas duas semanas, a PF abriu 20 inquéritos para investigar o caso.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, afirmou que a melhor resposta ao fogo é simplesmente evitar a prática de atear incêndios. Ela mencionou que o fogo já está proibido por diversas portarias do governo federal e estadual, tornando qualquer ação que envolva fogo uma violação da lei.

Diálogo sobre o aumento das penas

O governo está debatendo a possibilidade de aumentar as penas para aqueles casos em que a intenção criminosa de incêndio é claramente identificada. A discussão está em andamento e visa responsabilizar de forma mais rigorosa os envolvidos em incêndios provocados intencionalmente.

Opinião de especialistas

Especialistas da área ambiental estão divididos em relação à principal causa dos incêndios, se é criminosa ou se é uma consequência da seca recorde enfrentada pelo país. Todos concordam que a estiagem e as condições climáticas secas contribuem para a propagação das chamas.

Desdobramentos nas investigações

A Polícia Civil de São Paulo já prendeu 12 pessoas com possíveis conexões com os incêndios no estado. No entanto, até o momento não foi encontrada ligação entre eles ou indícios de coordenação dos incêndios. A Secretaria da Segurança Pública do estado não confirmou se os suspeitos ainda estão detidos.

Vídeos circulando nas redes sociais mostram indivíduos se vangloriando de terem ateado fogo em áreas florestais. Esse comportamento tem gerado comparações com o “Dia do Fogo” de 2019, quando fazendeiros e grileiros se uniram para incendiar a região amazônica em um final de semana específico.

Impactos e medidas necessárias

A seca extrema aliada aos incêndios tem causado devastação ambiental e impactos diretos nas comunidades locais. É urgente a necessidade de medidas eficazes para conter a propagação das chamas e proteger as áreas florestais.

Diante do cenário desafiador, tanto as autoridades quanto a população precisam colaborar para evitar novos incêndios e preservar o meio ambiente.

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