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Em uma jogada política intrigante, o deputado Arthur Lira decidiu agir antes que as coisas se complicassem. Com o café na mão, ele percebeu que esperar até fevereiro para eleger o presidente da Câmara dos Deputados poderia gerar conflitos desnecessários. Com várias candidaturas surgindo, Lira sabia que tinha que agir. Foi nesse momento que ele abordou o ex-presidente Lula com uma proposta de acordo.
Publicamente, Lira admitiu que o Executivo iria interferir na eleição do Congresso, o que já demonstrava uma fraqueza por parte dele em relação ao apoio para Elmar Nascimento. Lula, experiente na política, aguardou para ver o desenrolar dos fatos e qual nome seria apresentado. Era claro que Lira tinha em mente o nome de Elmar Nascimento, pois era um perfil semelhante ao seu. Se Lira conseguisse emplacar Elmar, teria seu braço direito no comando da Câmara.
No entanto, Marcos Pereira, presidente do Republicanos, surgiu como uma forte oposição a Elmar Nascimento. Com o apoio do MDB e do PSD, Pereira tentou se fortalecer, mas acabou enfraquecido com a postura de Kassab. O MDB honrou o compromisso com Pereira, mas ele ficou sem poder para confrontar Lira. Pereira então sugeriu o nome de Hugo Mota como uma alternativa viável.
Hugo Mota, com um perfil distinto de Lira, conseguiu chamar a atenção de Lula, que estava disposto a conhecer mais sobre ele. Essa jogada de Pereira foi uma forma de cutucar Lira e mostrar que ele não seria o único forte candidato. A movimentação nos bastidores políticos prometia tensão e reviravoltas inesperadas.
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