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União Brasileira de Mulheres aciona CIDH por caso de Julieta Hernandez
A União Brasileira de Mulheres (UBM) e os familiares da artista e ciclista venezuelana Julieta Hernandez, assassinada em Presidente Figueiredo (AM) no ano passado, entraram com um pedido na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitando que o órgão monitore o andamento do processo na Justiça brasileira.
A denúncia destaca que houve falhas e omissões na investigação do caso, incluindo a falta de perspectiva de gênero no processo criminal. Os familiares pedem a reclassificação do crime como feminicídio, mas o novo promotor responsável pelo caso, Gabriel Salvino Chagas do Nascimento, recusou o pedido após a antiga promotora se declarar suspeita e se afastar do processo.
Julieta Hernandez, conhecida como palhaça Jujuba, estava viajando de bicicleta pelo Brasil quando foi brutalmente assassinada em Presidente Figueiredo. Ela foi estuprada, queimada viva e enterrada, levando à denúncia do casal Thiago Angles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos pelos crimes de latrocínio, estupro e ocultação de cadáver.
A UBM e os familiares enfatizam a crueldade do crime, evidenciando o ódio e repulsa contra a figura feminina. Eles buscam o reconhecimento do caso Julieta Hernandez como um marco na defesa dos direitos das mulheres, defendendo a tipificação de assassinatos bárbaros com motivações de gênero como feminicídio.
Evento de lançamento de livro e fotobiografia
Em outro contexto, Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, realizou um evento para lançar o livro “Meu Lance É Poesia” e a fotobiografia “Protegi teu Nome por Amor”. Diversos convidados ilustres compareceram, como o ator Daniel de Oliveira, a atriz Marieta Severo e o cantor Gilberto Gil. A celebração contou também com a presença de artistas renomados como Sandra de Sá, George Israel, Arnaldo Brandão, Leona Cavalli, Glória Perez, entre outros.
Reportagem de Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith