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Crise humanitária na Venezuela: ONU denuncia violações graves dos direitos humanos e falta de proteção à população opositora.




Relatores da ONU denunciam violações de direitos humanos na Venezuela

Segundo relatores da ONU, a população venezuelana encontra-se em uma situação de desproteção, sofrendo ataques contra defensores dos direitos humanos, trabalhadores sociais, jornalistas e opositores ao governo.

O grupo denuncia o uso abusivo do sistema judicial pelo Ministério Público contra esses grupos, a criminalização da defesa dos direitos humanos, a corrupção generalizada e a falta de independência judiciária para investigar violações graves dos direitos humanos.

Durante e após as eleições, foram registradas diversas violações dos direitos humanos, como detenções arbitrárias, uso excessivo de força contra manifestantes, assassinatos, desaparecimentos forçados, assédio, demissões ilegais e perseguição de opositores políticos.

Os relatores apontam que, após as eleições, a população manifestou pacificamente seu descontentamento em relação às irregularidades eleitorais, resultando em mais de 1.300 prisões arbitrárias, incluindo crianças, idosos, pessoas com deficiência, indígenas, mulheres e pessoas LGBTIQ+, além de desaparecimentos forçados e mortes por armas de fogo.

Eles também alertam para a possível adoção de uma lei nacional de controle da sociedade civil, que ampliaria as restrições à liberdade de associação, e denunciam o uso indevido de acusações de terrorismo contra opositores políticos.

Os especialistas afirmam haver evidências de um padrão sistemático de violações dos direitos humanos, que coloca em risco a vida de qualquer pessoa que critique o governo. Eles pedem às autoridades venezuelanas que encerrem imediatamente essas práticas, libertem os detidos arbitrariamente, cessem atos de censura e assédio, e conduzam investigações independentes sobre violações dos direitos humanos.


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