TJRS nega pedido de habeas corpus a acusado de tragédia na Boate Kiss após decisão do STF de prisão imediata dos réus.

A determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a prisão dos quatro condenados pelo incêndio na Boate Kiss veio após a anulação da suspensão das condenações, que haviam sido conseguidas pelas defesas dos acusados em instâncias inferiores alegando nulidades nas condenações pelo Tribunal do Júri. O Ministério Público entrou com recurso no caso, que resultou na decisão de Toffoli.
Diante da determinação de prisão imediata dos réus pelo STF, o desembargador do TJRS entendeu que o pedido da defesa de Hoffmann não deveria sequer ser considerado pela Corte Estadual. Segundo José Luiz John dos Santos, a existência de ilegalidade manifesta na decisão de execução provisória da pena não foi comprovada de maneira inequívoca pela defesa. Agora, o mérito será analisado pela Desembargadora relatora, Rosane Wanner da Silva Bordasch.
Hoffmann, ex-sócio da boate, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão, enquanto seu sócio, Elissandro Callegaro, recebeu uma sentença de 22 anos e seis meses. O vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha foram condenados a 18 anos cada um.
Com a decisão do TJRS, a prisão dos réus foi mantida e o processo seguirá em andamento para a análise do mérito pela relatora do caso. A tragédia da Boate Kiss permanece como um dos episódios mais marcantes de Santa Maria, com a perda de 242 vidas e mais de 600 pessoas feridas. A busca por justiça continua mobilizando as autoridades e a sociedade em torno do caso.