A Hungria, governada há 14 anos pelo nacionalista Viktor Orban, assumirá em 1º de julho a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), o que marca o início de um semestre delicado devido às divergências entre Budapeste e várias capitais europeias.

O Conselho da UE, que reúne os representantes dos 27 países do bloco a nível ministerial, terá a liderança da Hungria nos próximos seis meses. Esse período costuma ser crucial, uma vez que o país que ocupa a presidência semestral possui influência na definição da agenda das reuniões, nas pautas e nos temas considerados prioritários.

Diante das controvérsias que envolvem a gestão de Viktor Orban e suas políticas nacionalistas, a presidência da Hungria na UE levanta preocupações e questionamentos por parte de outros membros do bloco. Questões como direitos humanos, democracia e valores europeus podem ser temas de embate durante esse período.

Com a proximidade das eleições parlamentares na Hungria em 2022, a presidência rotativa do Conselho da UE coloca o país sob os holofotes da política europeia, tornando ainda mais importante o diálogo e a busca por consensos entre os Estados-membros.

Acompanharemos atentamente os desdobramentos dessa nova fase e as possíveis repercussões que a presidência da Hungria poderá ter no cenário político da União Europeia.