Adiamento do Referendo sobre a Reeleição Presidencial na Bolívia

O governo boliviano decidiu adiar indefinidamente um referendo que estava planejado para tratar da reeleição presidencial no país. A medida foi tomada após observações da Justiça sobre os procedimentos envolvidos no processo, em meio a um momento de tensão entre o atual presidente Luis Arce e o líder indígena Evo Morales, em preparação para as eleições presidenciais de 2025.

O governo de Arce estabeleceu como prazo limite o dia 1º de setembro para que o Tribunal Constitucional (TC) analisasse as questões relacionadas à reeleição presidencial na Bolívia e determinasse que a consulta fosse realizada em 1º de dezembro, coincidindo com as eleições judiciais.

No entanto, o TC recusou-se a examinar as perguntas devido à falta de cumprimento de um requisito essencial: a aprovação prévia do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), responsável por organizar o referendo.

Este impasse levou ao adiamento por tempo indeterminado do referendo, gerando incertezas sobre o futuro político do país. Com a fase de preparação para as eleições presidenciais de 2025 já em curso, a oposição e os eleitores aguardam novos desdobramentos e uma definição clara sobre o procedimento eleitoral.

A relação entre Arce e Morales, que já foi aliado político, parece cada vez mais tensa, refletindo-se nas decisões e no rumo político que a Bolívia pode tomar nos próximos anos. A população acompanha de perto os desdobramentos dessa situação, que promete ter desdobramentos significativos no cenário político do país.