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Aumento das denúncias de assédio eleitoral leva centrais sindicais a lançarem aplicativo de denúncias em parceria com o Ministério Público do Trabalho

O cenário eleitoral no Brasil vem sendo marcado por um aumento significativo no número de denúncias de assédio eleitoral desde 2022. Com o intuito de combater essa prática criminosa, as centrais sindicais se uniram para lançar um aplicativo que permitirá aos trabalhadores denunciarem pressões indevidas de seus empregadores para votarem em determinados candidatos.

Fruto de uma parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o aplicativo foi anunciado nesta terça-feira (03) e conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Pública, Intersindical e MPT. Além do aplicativo, as denúncias também podem ser feitas através da página do Fórum das Centrais Sindicais.

Segundo Paulo Oliveira, secretário de Organização e Mobilização da CSB, os trabalhadores terão acesso ao canal de denúncias através de um QR Code disponibilizado nos sites das centrais sindicais e do MPT. Dessa forma, será possível reportar eventuais casos de assédio eleitoral de forma rápida e segura.

O assédio eleitoral muitas vezes acontece de maneira subliminar, como explicou a procuradora do MPT Priscila Moreto. Empregadores podem pressionar seus funcionários a votarem em determinados candidatos com a ameaça de demissão caso não o façam. Esse tipo de prática é considerado crime e deve ser denunciado para garantir o exercício livre do voto e a democracia.

Valeir Ertle, secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, ressalta a importância de coibir o assédio eleitoral, especialmente em cidades menores onde a pressão dos empregadores sobre os trabalhadores é mais intensa. Nas eleições de 2022, a parceria entre as centrais sindicais e o MPT resultou em um aumento significativo de denúncias, evidenciando a relevância desse tipo de ação para garantir a lisura do processo eleitoral.

Diante do cenário de crescimento do assédio eleitoral, as centrais sindicais e o MPT disponibilizaram cartilhas para orientar os trabalhadores a identificarem práticas ilegais no ambiente de trabalho. A união entre sindicatos e órgãos de fiscalização busca assegurar o respeito aos direitos dos trabalhadores e fortalecer a democracia no Brasil.

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