
Decisões no STF: A sorte não favorece Alexandre de Moraes
O sistema eletrônico de distribuição processual do Supremo Tribunal Federal jogou água no chope de Alexandre de Moraes. Por uma trapaça do algoritmo, o ministro Nunes Marques foi sorteado como relator da ação movida pelo Partido Novo contra a suspensão da rede X no Brasil.
Moraes mal teve tempo de celebrar o aval unânime da Primeira Turma à sua decisão e a encrenca volta à ribalta. É improvável que Nunes Marques recoloque a plataforma de Elon Musk no ar com uma canetada. Mas, se quiser, o ministro pode acionar o seu bolsonarisamo para expor em público uma trinca visível apenas nos bastidores do Supremo. Bastaria levar o recurso do Novo ao plenário.
Não foi casual a decisão de Moraes de submeter sua decisão à Primeira Turma, com cinco membros, em vez de buscar o aval do plenário da Corte, com seus onze integrantes. Na turma, a unanimidade era certa. No plenário, farejavam-se uma ou duas defecções.
Esta reviravolta nos bastidores do STF promete agitar ainda mais o cenário político e jurídico do país. A escolha inesperada de Nunes Marques como relator do caso traz incertezas sobre os rumos que a decisão irá tomar.
A estratégia de Moraes de submeter sua decisão à Primeira Turma mostra sua confiança na união do grupo em torno de sua posição. No entanto, a possibilidade de levar a questão ao plenário do STF também evidencia a cautela do ministro diante das divergências existentes entre os onze integrantes da corte.
Enquanto isso, a pressão da opinião pública e a expectativa dos envolvidos no caso aumentam a cada dia, aguardando os próximos desdobramentos dessa batalha judicial.