DestaqueUOL

Réus condenados por incêndio na boate Kiss em Santa Maria começam a se entregar à polícia após decisão do STF




Prisão dos condenados da Boate Kiss: decisão do STF gera polêmica

Prisão dos condenados da Boate Kiss: decisão do STF gera polêmica

No início desta semana, os réus condenados pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), começaram a se entregar à polícia após uma decisão controversa do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O magistrado decidiu manter a validade do júri que condenou quatro pessoas pela tragédia que resultou na morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos em 2013.

Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda, e Luciano Bonilha Leão, auxiliar de palco, foram acusados de homicídio simples com dolo eventual.

As defesas dos réus condenados manifestaram surpresa com a reviravolta desta segunda-feira. Os advogados alegaram que a sentença foi tramitada de forma sigilosa e silenciosa, manifestando intenção de recorrer da decisão.

O advogado Jader Marques, representante de Sphor, informou que seu cliente já se entregou à polícia e aguarda audiência de custódia para definir sua destinação prisional.

A defesa de Hoffmann lamentou a decisão, mas garantiu que será cumprida integralmente e discutida nas esferas competentes.

Já a defesa de Luciano Bonilha afirmou que tomará todas as medidas cabíveis para reverter a decisão, citando um habeas corpus já existente. O advogado Jean Severo relatou que Bonilha se apresentou em uma delegacia e aguarda seu encaminhamento para um presídio.

A advogada Tatiana Borsa, responsável pela defesa de Santos, expressou surpresa com a decisão e criticou o que chamou de “julgamento antidemocrático”. Ela afirmou que a decisão será cumprida integralmente e discutida nas esferas competentes.

Os quatro réus foram condenados a penas de 18 a 22 anos após um longo julgamento. Apesar de estarem em liberdade desde então, uma decisão de agosto de 2022 anulou o júri que os condenou.

Nesta segunda-feira, Toffoli aceitou os recursos dos Ministérios Públicos estadual e federal e determinou a prisão dos condenados, gerando polêmica e reações das defesas dos réus.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo