Autoridade política é acusada de incitação ao crime em transmissão ao vivo

A Polícia Federal (PF) concluiu que o prefeito de Farroupilha, município localizado no interior do Rio Grande do Sul, Fabiano Feltrin (PL), cometeu um grave ato ao incitar o crime durante uma transmissão ao vivo. Segundo relatórios da PF, Feltrin encenou a decapitação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode resultar em uma pena de até seis meses de detenção, caso seja condenado.

Em depoimento à PF no mês passado, o prefeito reconheceu que seu comportamento foi inadequado, porém justificou que se tratava apenas de uma brincadeira. Até o momento, Fabiano Feltrin não se manifestou publicamente sobre o assunto, mantendo o silêncio mesmo diante das graves acusações.

O caso ganhou ainda mais repercussão devido ao cargo que o prefeito ocupa. De acordo com o relatório enviado ao STF, as palavras e gestos de Feltrin não podem ser ignorados, uma vez que ele é uma autoridade política com grande influência sobre a população local.

O delegado da PF, Fabio Fajngold, ressaltou que “de um representante político, assim como de qualquer servidor público, espera-se respeito, urbanidade e cautela ao se expressar ou criticar”. A conduta do prefeito é considerada inaceitável diante de sua posição de liderança na comunidade.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) ficará responsável por analisar se há elementos suficientes para denunciar Feltrin e dar seguimento ao processo legal. A sociedade aguarda por respostas e medidas adequadas diante desse episódio lamentável.