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Mulher relata agressões e estupro pelo marido: “Chegou a hora de denunciar e buscar ajuda”

Violência doméstica: servidora relata agressões e estupro cometidos pelo padrasto dos filhos


A servidora tem dois filhos e se preocupava para que eles não a vissem sendo agredida pelo padrasto deles. “Uma vez, ele me bateu na frente do meu filho. Me deu um tapa no rosto. O meu filho estava com a cabeça abaixada, jogando. Eu pensei: ‘graças a Deus, ele não viu’. Só que, depois, o meu filho falou para mim: ‘eu vi que ele te bateu’.”


Juliana disse que foi agredida com tapas e cintadas e foi estuprada pelo próprio marido por mais de uma vez. “Ele me levou para o nosso quarto e aí estuprou. Fez sexo comigo contra a minha vontade. Eu chorei muito. Eu pedia para ele parar. Pior que ele não parou. Quando terminou, ele virou e falou: ‘agora você vai tomar o seu banho porque o teatro é às 16h’. Não foi a primeira vez que ele me estuprou. Eu passo por isso desde 2021.”


A reviravolta veio após delegada ouvir o depoimento de mulher que passava por situação parecida a sua. Ela então decidiu denunciar o seu companheiro. Ela passou por dois exames de corpo de delito, com lesões na maçã esquerda do rosto, no glúteo e arranhões. O estupro, segundo ela, não ficou comprovado.

“Eu acho importante dividir a minha história, justamente porque eu sei que, infelizmente, muitas mulheres estão passando pelo que eu passei, com medo e vergonha. Eu quero dizer para elas que elas não se sintam assim. Que existe ajuda, rede de apoio e que elas têm que ter força de vontade para sair dessa situação.” – Juliana Domingues


Segundo o “Fantástico”, Carlos Eduardo disse em depoimento que “tinha o hábito de usar cintos e outros instrumentos durante o sexo”. De acordo com a reportagem, ele teria dito que as práticas eram “da vontade deles” e que “tudo era consentido”. A Justiça acatou denúncia apresentada pelo Ministério Público por dois estupros contra Juliana, por lesão corporal e violência psicológica, ainda segundo o “Fantástico”. O UOL tenta localizar a defesa do militar. O espaço segue aberto para manifestação.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

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