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Élcio Queiroz volta a prestar depoimento na ação penal do STF sobre o assassinato de Marielle Franco

Na tarde desta segunda-feira (2), o ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Élcio Vieira de Queiroz, prestou depoimento virtual na ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. Queiroz, que dirigiu o carro utilizado pelo ex-policial Ronnie Lessa para cometer o crime, está atualmente detido e fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, admitindo sua participação no assassinato.

Durante o depoimento, Queiroz foi questionado sobre os motivos que o levaram a colaborar com as autoridades. Ele explicou que tinha o desejo de fazer a delação desde o início das investigações, porém, não o fez por desconfiança na Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, alegando suspeitas de corrupção. A entrada da Polícia Federal no caso foi vista por ele como uma oportunidade de finalmente colaborar.

Queiroz também afirmou que não sabia previamente dos planos de Ronnie Lessa em assassinar Marielle e alegou que acreditava se tratar de uma questão pessoal do ex-policial. Ele ressaltou que preferia não ter conhecimento dos detalhes para garantir a sua segurança.

O depoimento de Queiroz encerrou a fase das testemunhas de acusação arroladas pela Procuradoria-Geral da República. Os depoimentos serão retomados em 9 de setembro, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa dos réus, que incluem o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, todos acusados de homicídio e organização criminosa.

O processo conta com cerca de 70 testemunhas a serem ouvidas e os depoimentos dos réus serão realizados apenas no término do processo. Todos os acusados negam as acusações. Fica agora a expectativa para os próximos desdobramentos desse caso que chocou o país e que, após anos de investigação, pode finalmente ter um desfecho.

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