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Na categoria PTWC, que reúne atletas que usam a cadeira de rodas na corrida, Jéssica Messali largou bem na natação. Segundo a atleta, a água do rio francês estava em boas condições, porém ela teve um contratempo no meio do percurso devido a um problema com seu equipamento e não conseguiu finalizar a prova.
Em entrevista à RFI Brasil, Jéssica expressou sua decepção com a situação. “A roda da minha cadeira de rodas quebrou e não pude continuar”, lamentou. “Nos primeiros metros da corrida, percebi o problema, a roda simplesmente travou e quebrou o eixo”, relatou.
“Isso é bastante doloroso e estou sem palavras. Poderia ter acontecido em qualquer prova. Em sete anos de triatlo, nunca enfrentei algo assim, justamente na prova mais importante da minha vida. Estou sem palavras para descrever”, completou Jéssica.
Correnteza
Sobre a natação no rio Sena, a atleta destacou: “A natação é o meu ponto fraco, mas fiz uma excelente prova, a temperatura da água estava ideal. Mesmo sentindo a correnteza, me preparei para isso, demonstrando que os atletas paralímpicos são capazes de nadar com ou sem correnteza”, ressaltou. “A organização da prova foi excelente, mas a medalha ficará para a próxima”, concluiu.
Jéssica ficou paraplégica após um acidente de carro em 2013. Após sua recuperação, ela se envolveu no ciclismo, obtendo destaque rapidamente. Em 2017, iniciou no triatlo. Em julho de 2021, a atleta sofreu queimaduras nos pés e pernas, de 2º e 3º graus, na sauna, levando à necessidade de amputação parcial do pé.