Análise sobre a suspensão do X/Twitter

No segundo grupo afetado pela saída da rede do ar estão jornalistas, pesquisadores e analistas políticos. Esses profissionais utilizavam a plataforma para acompanhar o comportamento de líderes políticos, sociais, econômicos e demais figuras públicas do Brasil e do mundo. Com a suspensão, há uma perda para o debate, forçando-os a buscar outras saídas. Além disso, a situação representa o risco de o debate público ser sequestrado por uma empresa privada.

Em contrapartida, a suspensão do X/Twitter também trouxe benefícios, como a redução do ódio e intolerância que influenciam as eleições no Brasil. Menos interferências negativas podem impactar positivamente o cenário político do país.

No terceiro grupo impactado estão aqueles que lucravam de maneira honesta ou desonesta com a plataforma. Desde profissionais que utilizavam a rede para assessoria e construção de reputação digital até criminosos que a utilizavam para ataques anônimos, essas pessoas agora precisarão encontrar novas fontes de renda.

Já o grupo que busca por entretenimento, como os fãs de memes, é o que menos sofre com a suspensão do X/Twitter, pois estão migrando para outras redes onde continuam compartilhando conteúdos divertidos.

Mesmo sendo importante para diversos segmentos da sociedade, o X/Twitter possui cerca de 22 milhões de usuários, dos quais apenas 9 milhões são ativos. Portanto, a suspensão da plataforma terá um impacto limitado.

Por outro lado, se o WhatsApp desaparecesse repentinamente, a situação seria muito mais grave, já que o aplicativo está presente em cerca de 98% dos celulares no Brasil. Com estimativas que apontam para até 190 milhões de contas, seja de pessoas físicas ou jurídicas, o WhatsApp se tornou essencial para a comunicação no país, conectando os brasileiros de forma eficiente.