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Lufthansa negocia aquisição de 19,9% da TAP, companhia aérea estatal portuguesa, em acordo estratégico previsto para os próximos anos.




Lufthansa planeja comprar participação na TAP

Lufthansa planeja comprar participação na TAP

A empresa de aviação alemã Lufthansa está em negociações para adquirir 19,9% da companhia aérea estatal portuguesa TAP. A notícia foi divulgada pela Bloomberg e pelo jornal Corriere Della Serra neste domingo (1º).

Segundo informações do Corriere Della Serra, a Lufthansa busca manter a participação abaixo do limite que ativaria a mudança de controle e exigiria uma notificação à União Europeia. As negociações estão em estágios iniciais, e o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, deve se reunir com os ministros das Finanças e da Infraestrutura de Portugal nesta segunda-feira (2) para avançar nas conversas.

De acordo com fontes financeiras citadas pelo jornal italiano, a fatia de 19,9% na TAP poderia valer entre 180 e 200 milhões de euros. A oferta não deve ser finalizada antes do primeiro trimestre de 2025.

O Corriere Della Serra ressalta que a TAP tem se destacado como uma das melhores companhias aéreas europeias em termos financeiros pós-pandemia, impulsionada pelo aumento do turismo em Portugal. No segundo trimestre deste ano, a empresa registrou 4,2 milhões de passageiros, receita de 1,1 bilhão de euros e lucro de 72 milhões de euros.

Além da Lufthansa, outras empresas como Air France e IAG também demonstraram interesse na TAP. A forte presença da companhia aérea portuguesa no Brasil, na África e na América do Norte tem sido um dos aspectos mais atraentes para os potenciais compradores.

A movimentação da Lufthansa em direção às companhias aéreas estatais da Europa não é uma novidade. Em julho deste ano, a Comissão Europeia aprovou a entrada da empresa alemã no capital da italiana ITA Airways, com restrições e normas a serem seguidas.

Com a possível aquisição de parte da TAP, a Lufthansa reforça sua presença no mercado aéreo europeu e internacional, em meio a um cenário de recuperação pós-pandemia e disputas por participação no setor aéreo.


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