
Relatos dizem que a cratera foi incendiada intencionalmente para evitar a liberação de gases tóxicos. Temendo que os gases, incluindo metano, se espalhassem para vilas próximas, os cientistas soviéticos teriam decidido incendiar o gás, acreditando que as chamas se apagariam naturalmente em poucas semanas. No entanto, o fogo nunca cessou.
A origem exata da cratera ainda é alvo de controvérsia, com várias teorias sobre sua formação. Embora a versão mais amplamente aceita seja a de que a cratera foi criada em 1971, alguns relatos sugerem que ela pode ter se formado na década de 1960, com as chamas sendo acesas apenas nos anos 1980. A falta de registros soviéticos confiáveis sobre o incidente contribui para o mistério que envolve o “Portão do Inferno”.
O local se tornou uma atração turística conhecida mundialmente. Alimentada pelas reservas de metano subterrâneas, a cratera de Darvaza continuou a arder por mais de cinco décadas, atraindo cerca de 10 mil visitantes anualmente. O local se tornou um símbolo do Turcomenistão, destacando-se como uma das principais atrações turísticas do país.
A cratera é visível a quilômetros de distância, destacando-se no deserto do Karakum. O brilho das chamas pode ser avistado de longe, criando uma visão marcante no meio do deserto. A cratera ganhou ainda mais notoriedade em 2019, quando o então presidente turcomeno Gurbanguly Berdymukhamedov divulgou um vídeo em que dirige um carro de rali e realiza manobras na borda da cratera.
Governo quer selar cratera
O governo do Turcomenistão está agora considerando extinguir as chamas e selar a cratera. Em 2022, o presidente do país Serdar Berdymukhamedov solicitou aos cientistas que desenvolvessem uma solução para apagar o fogo e fechar o local. As principais preocupações incluem a perda contínua de um recurso natural —o metano—, além dos possíveis danos ambientais e riscos à saúde da população local.