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Número recorde de pessoas ingressam nas apostas esportivas eletrônicas no Brasil, alcançando 25 milhões em apenas sete meses.

O mercado de apostas esportivas eletrônicas está em ascensão no Brasil, com um aumento significativo no número de jogadores nos primeiros sete meses de 2024. De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, cerca de 25 milhões de pessoas aderiram a essa prática, uma média de 3,5 milhões por mês. Essa quantidade supera a velocidade com que o coronavírus se espalhou no país, atingindo o mesmo número de pessoas em 11 meses.

Em um período de cinco anos, o número de brasileiros que participaram de apostas online, conhecidas como bets, chegou a 52 milhões. Mais da metade desses jogadores (48%) são considerados novatos, tendo começado a apostar nos primeiros meses de 2024. Essa tendência de apostas eletrônicas envolve uma população equivalente ao número de habitantes da Colômbia e ultrapassa países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

A pesquisa também revelou o perfil dos jogadores de bets no Brasil. A maioria é composta por homens (53%) e mulheres (47%), sendo que a faixa etária mais comum é entre 18 e 29 anos (40%). Além disso, a facilidade de acessar as apostas por meio de dispositivos móveis, o patrocínio de times e campeonatos nacionais pelas plataformas e a dinâmica do jogo são atrativos para os jogadores.

No entanto, o Instituto Locomotiva identificou que 86% dos apostadores possuem dívidas financeiras e 64% estão com restrições no Serasa. Para muitos deles, a aposta é vista como uma forma de tentar ganhar dinheiro e sair do endividamento, mesmo que isso represente um risco para sua saúde mental e financeira. Há relatos de que o jogo pode aumentar a ansiedade, gerar mudanças de humor e causar estresse e culpa.

Apesar dos problemas associados às apostas esportivas online, como prejuízos financeiros e impactos negativos na saúde mental, alguns jogadores relatam sentimentos positivos como emoção e felicidade. A regulamentação desse mercado pelo governo tem gerado debates e discussões sobre os riscos e benefícios dessa prática para a sociedade.

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