Plano Clima discute a preservação da devastada Mata Atlântica em ciclo de plenárias promovido pelo governo federal

Cada uma das plenárias presenciais aborda um bioma diferente, e a realizada em São Paulo marcou a quinta reunião do ciclo. As anteriores contemplaram discussões sobre o Sistema Costeiro-Marinho, a Caatinga e o Pantanal, em diversas cidades do Brasil. Ainda estão previstas plenárias sobre o Pampa, a Amazônia e o Cerrado.
O Plano Clima é conduzido pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), que conta com representantes de 22 ministérios, pela Rede Clima e pelo Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. Os principais objetivos do plano são a redução das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação de cidades e ambientes naturais às mudanças climáticas.
Durante a plenária em São Paulo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância da participação da sociedade civil na construção do plano. Ela ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que o plano seja elaborado junto com a população.
Diversas propostas foram apresentadas durante a plenária, incluindo a taxação de bilionários para financiar projetos relacionados às mudanças climáticas, a transformação dos sistemas alimentares, o fortalecimento da agricultura familiar, entre outras. A participação popular foi enfatizada como essencial para a construção de um plano eficaz e abrangente.
Além das plenárias presenciais, a população pode contribuir por meio da plataforma Brasil Participativo, apresentando propostas e votando nas sugestões de outros participantes. A construção do Plano Clima visa estabelecer metas para diversos setores da economia e preparar o país para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
A Mata Atlântica, bioma com extensa costa e grande importância para o abastecimento de água e desenvolvimento econômico, foi destaque na plenária. Dados do Inpe apontam que mais de 70% da vegetação nativa desse bioma já foi desmatada, ressaltando a urgência de ações de preservação e restauração.
A participação da sociedade na construção do Plano Clima é fundamental para garantir a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento do país diante dos desafios das mudanças climáticas. A expectativa é que o documento final seja apresentado na COP29 e na COP30, para orientar as políticas públicas até 2035, e que o Brasil seja um exemplo na luta contra as mudanças climáticas.