Um estudo conduzido por pesquisadores das Universidades de Bath e Southampton, no Reino Unido, revelou que apenas dez minutos diários de prática de mindfulness podem ter um impacto significativo no bem-estar e no alívio de sintomas de depressão e ansiedade.
Os resultados da pesquisa, publicada em 21 de agosto no British Journal of Health Psychology, demonstraram que a prática da consciência plena pode motivar as pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.
O estudo envolveu 1.247 adultos de 91 países, que participaram por 30 dias de um treinamento utilizando o aplicativo Medito, focado em mindfulness. Os participantes foram divididos em dois grupos: um que utilizou o aplicativo e outro que serviu como grupo controle, ouvindo trechos do livro “Alice no País das Maravilhas”. Após o treinamento, todos responderam a um questionário sobre sua saúde mental.
Os resultados mostraram que o grupo que praticou mindfulness apresentou uma diminuição significativa nos níveis de depressão, ansiedade e uma melhora no bem-estar, atitudes em relação à saúde e qualidade do sono. Mesmo após um mês do término do treinamento, essas melhorias foram mantidas de forma sustentada.
A psicóloga Masha Remskar, da Universidade de Bath, que liderou o estudo, destacou a importância dos benefícios do mindfulness para a saúde mental e bem-estar, principalmente pela influência positiva que pode ter nos comportamentos de estilo de vida das pessoas. Remskar ressaltou que a prática diária de mindfulness pode ser uma ferramenta simples e poderosa para melhorar a saúde mental e o bem-estar de indivíduos.
Esse estudo pioneiro demonstra que a atenção plena pode ser uma estratégia eficaz para promover hábitos saudáveis e melhorar a saúde mental, indo além do tratamento de depressão e ansiedade. Os pesquisadores esperam mostrar em futuros trabalhos como essa prática pode influenciar positivamente diversos aspectos da saúde e do comportamento das pessoas.
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