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Desafio para o PT: Enfrentar o Bolsonarismo 2.0 e conquistar São Paulo em 2026







Artigo sobre o PT e as Eleições

No PT, o medo é não saber enfrentar. Aliados de Lula brincam, com preocupação, que o partido e o próprio Lula ainda estão pegando o jeito de como lidar com o bolsonarismo “original”, o que dirá sobre a sua versão repaginada, 2.0, mais voltada aos jovens e menos ainda presa ao partidarismo tradicional.

O problema é 2026

Ganhar em São Paulo pode mudar as forças. Mesmo que a cidade não tenha eleito um presidente desde Jânio Quadros, em 1953, uma vitória política ali é extremamente importante para as negociações de alianças para as eleições gerais. Eleger Boulos daria a Lula ainda mais poder de barganha.

Também serve para Marçal. O PT e o Planalto temem que, se o ex-coach, sem tempo de TV ou padrinho relevante, consegue virar na cidade, mais do que o seu nome, a ideia de extrema direita apartidária que ele representa também pode ganhar força para o pleito geral.

Não à toa, Lula tem batido mais no estilo de Marçal do que no candidato. Seja nos comícios com Boulos ou em eventos oficiais e entrevistas, o presidente tem repetido críticas a candidatos que “espalham mentiras na internet” e que “não têm argumento”. Mais do que derrubar o candidato em si, Lula quer evitar outro raio de antipolitização.

Vocês não desprezem a política. Toda vez que virem um cara na televisão dizendo: ‘Nenhum político presta, todo mundo é ladrão, vamos combater a corrupção, eu que sou o bom’, esse não tem futuro, porque ele não vai durar mais do que um mandato, não vai durar. […] Todo candidato que diz que vai se eleger combatendo a corrupção termina sendo o maior corrupto do tempo dele.
Lula, em evento em João Pessoa, nesta semana

O Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta desafios diante do bolsonarismo e da recente popularidade do candidato Marçal nas eleições em São Paulo. Aliados de Lula reconhecem a dificuldade em lidar com essa nova versão do bolsonarismo, mais focada nos jovens e menos atrelada à tradição partidária. A incerteza do partido em enfrentar essa nova realidade política preocupa.

As eleições em São Paulo tornaram-se um ponto crucial para as negociações de alianças visando as eleições gerais. A vitória de Boulos na cidade poderia fortalecer a posição de Lula nas negociações políticas, enquanto a ascensão de Marçal, representante da extrema direita apartidária, preocupa tanto o PT quanto o Planalto.

Lula tem enfatizado as críticas ao estilo de Marçal, alertando para os perigos da antipolitização e da propagação de mentiras na internet por parte dos candidatos. Em um evento recente em João Pessoa, o ex-presidente destacou a importância da política e criticou aqueles que prometem combater a corrupção, mas acabam sendo os mais corruptos.

O cenário político do PT é desafiador, com a necessidade de compreender e enfrentar o bolsonarismo e os novos perfis de candidatos que surgem, como Marçal. As eleições em São Paulo e as alianças estratégicas se tornam fundamentais para o futuro do partido e para as negociações visando 2026.


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