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Campanha Harris-Walt desafia discurso de Trump como “outsider” e busca representar interesses reais dos americanos com estratégia inteligente.




Análise da Estratégia da Campanha Harris-Walt nos EUA

Campanha Harris-Walt Desconstrói a Imagem de Trump como “Anti-Establishment”

A campanha Harris-Walt está adotando, nos Estados Unidos, uma estratégia interessante ao tentar desconstruir o discurso de Donald Trump como um outsider anti-establishment. Trump chegou ao poder em 2016 com uma mensagem populista, se apresentando como alguém de fora da política tradicional que iria “drenar o pântano” de corrupção em Washington. No entanto, os democratas estão agora desafiando essa narrativa, argumentando que Trump, na realidade, é um bilionário autocentrado que “busca vantagens para si e para seus amigos ricos”, como têm repetido constantemente. Eles contrastam isso com Kamala Harris, que se apresenta como a defensora do americano médio, tentando convencer os eleitores de que ela, e não Trump, representa os interesses reais daquela sociedade.

Uma das principais lições aprendidas com a campanha de Hillary Clinton em 2016 é que demonizar os eleitores de Trump pode sair pela culatra. Dessa vez, Harris e Walt evitam esse erro ao não atacar diretamente quem votou em Trump. Em vez disso, a campanha foca na mensagem de que o momento de Trump já passou e que a maioria dos norte-americanos não compartilha de suas ideias extremas. Esse é um ponto crucial, especialmente considerando pesquisas recentes do Pew Research Center, que mostram que a maioria dos eleitores independentes – o grupo mais cobiçado pelas campanhas – se identifica como moderada ou liberal, ao invés de conservadora, principalmente em questões sociais. Para esses eleitores, as posições de Trump são vistas como radicais e fora de sintonia com o que eles consideram importante.

Harris e Walt estão empenhados em expor o que consideram ser a hipocrisia no discurso de Trump como anti-sistema. Eles argumentam que, apesar de Trump tentar se passar por alguém que desafia a ordem estabelecida, suas ações mostram o contrário. Para muitos, essa narrativa soa mais como um “non-sense” e reforça a imagem de Trump como um “weirdo” – alguém fora dos padrões, mas não necessariamente em um sentido positivo. Esses são termos empregados com recorrência na comunicação política dos democratas.


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