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Comissão de Saúde da Câmara discute inclusão de disciplinas sobre doenças raras na grade curricular universitária

No dia 02/10/2023, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizará um debate de extrema importância sobre a inclusão de disciplinas relacionadas às doenças raras na grade curricular dos cursos de ensino superior na área da saúde. A audiência pública foi solicitada pela deputada Rosângela Moro (União-SP) e está marcada para iniciar às 10 horas, no plenário 7.

A deputada ressalta que, em 2014, foi criada a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, porém, pouco foi feito para estabelecer diretrizes de cuidado às pessoas afetadas por essas doenças em todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), além de garantir o acesso a meios diagnósticos e terapêuticos conforme suas necessidades.

Uma das diretrizes dessa política nacional é a educação permanente dos profissionais de saúde, por meio de atividades que visam adquirir e aprimorar conhecimentos, habilidades e atitudes para melhor atender as pessoas com doenças raras.

Rosângela Moro destaca a importância de discutir a inclusão do estudo dessas doenças nas grades curriculares dos cursos na área da saúde. Atualmente, não há previsão de conteúdo relacionado às doenças genéticas durante a graduação em saúde, o que resulta na falta de conhecimento mínimo sobre essas enfermidades por parte dos profissionais.

A inclusão dessas disciplinas permitiria que os futuros profissionais de saúde estivessem mais preparados para lidar e tratar os pacientes com doenças raras, o que resultaria em um atendimento mais eficiente e humanizado.

Essa discussão se torna ainda mais relevante quando consideramos que as doenças raras afetam uma parcela significativa da população. Estima-se que existam cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil com algum tipo de doença rara, sendo que a maioria delas não recebe o devido diagnóstico e tratamento adequado devido à falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre essas enfermidades.

Portanto, é essencial que a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promova esses debates e busque soluções para incluir o estudo das doenças raras nas grades curriculares dos cursos de saúde. Dessa forma, estarão dando um grande passo para garantir um melhor atendimento e qualidade de vida para as pessoas afetadas por essas enfermidades. A expectativa é que essa audiência pública seja um ponto de partida para a implementação de mudanças significativas nessa área.

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