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Grupo Soma move ação judicial acusando Shein de vender cópias de roupas da Animale por preço muito inferior.




Grupo Soma processa Shein por suposta cópia de roupas da Animale

Grupo Soma processa Shein por suposta cópia de roupas da Animale

O Grupo Soma moveu uma ação judicial contra a Shein por, supostamente, vender cópias de roupas da grife Animale em suas plataformas. A companhia acusa a companhia asiática de abordar seus fornecedores para copiar as roupas produzidas e vendê-las por um preço muito menor.

No pedido à 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo, o Soma tenta, há pouco mais de um ano, reverter o que considera uma violação de direitos autorais.

Inicialmente, fornecedores do Soma encaminharam ao grupo um documento da Shein no Brasil com indicações dos tipos de roupas que seriam reproduzidas e as marcas da campanha utilizada pela Animale para serem vendidas no ecommerce. Segundo o Soma, as roupas foram utilizadas pela Animale na coleção de verão 2024.

A Shein é representada pela In Glow Brasil Intermediação de Negócios, que negou a violação da marca. No processo, ela afirmou que a marca Animale seria utilizada apenas como referência aos produtos feitos pela companhia. O material serviria para avaliar tendências de mercado.

O Soma afirma que, no documento aos fornecedores, a Shein pedia que as peças fossem reproduzidas com outros tecidos. A ideia era alcançar preços inferiores aos praticados pela Animale, que trabalha com um público segmentado, de alto padrão e com peças exclusivas.

No documento estavam contidas imagens utilizadas em campanhas da Animale, com as mesmas modelos e roupas do site da companhia, porém com a indicação de preço que se buscava na operação.

Em 31 de julho, foi realizada uma audiência entre as empresas. O Soma afirma, no processo, que representantes da Shein no Brasil reconheceram a existência do briefing, mas indicaram que o documento foi enviado por uma funcionária de forma indevida e não endossada pela companhia.

Outro lado

A Shein disse que está ciente das alegações feitas pelo Grupo Soma, que leva a sério as questões de propriedade intelectual e sempre busca operar dentro das leis e regulamentações aplicáveis em todos os mercados onde atua.

“Reiteramos nosso compromisso com a transparência, a ética empresarial e o respeito pelos direitos de todas as partes envolvidas. Não comentaremos detalhes específicos sobre processos judiciais em andamento, mas acreditamos que os esclarecimentos necessários serão trazidos à luz no curso adequado.”

O Grupo Soma não quis se manifestar sobre o assunto.

Por Diego Felix


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