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Taxa de juros para pessoa física cai em julho, enquanto inadimplência se mantém estável: dados do Banco Central

A taxa média de juros cobrados de pessoa física no crédito livre registrou uma queda de 0,5 ponto percentual em julho, em comparação com junho, atingindo 51,2% ao ano. Essa redução é significativa se comparada com a taxa de 58,3% ao ano observada em julho de 2023, conforme dados divulgados recentemente pelo Banco Central.

O crédito livre permite que os bancos tenham autonomia para emprestar dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. No caso das empresas, a taxa média de juros no mercado livre ficou em 21,2% ao ano, representando um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao período anterior.

Quando comparada a julho de 2023, a taxa média de juros cobrada das empresas apresentou uma queda de 1,8 ponto percentual, saindo de 23% ao ano para os atuais 21,2%.

No que diz respeito à inadimplência, a proporção de pessoas físicas com dívidas em atraso superior a 90 dias se mantém estável desde o início do ano de 2024, em 5,5%. Em julho de 2023, este percentual estava em 6,2%. Já em relação às pessoas jurídicas, 2,9% das empresas se encontram inadimplentes, o que representa uma queda de 0,2 ponto percentual em comparação com o mês anterior e 0,4 ponto percentual em relação a julho de 2024.

Em relação ao cartão de crédito, a modalidade de crédito rotativo continua apresentando altas taxas de juros. A taxa média de juros cobrada pelo cartão de crédito parcelado para pessoas físicas está em 178% ao ano, representando uma redução de 4,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior e uma redução significativa de 20,3 pontos percentuais em relação a julho de 2023.

No caso do crédito rotativo, a taxa média foi de 432,3% ao ano em julho, uma redução de 9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. A legislação que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida entrou em vigor no início do ano, mas não afetou as taxas de juros pactuadas anteriormente.

Por fim, os juros médios cobrados no cheque especial totalizaram 127,8% ao ano em julho, 3,5 pontos percentuais menores do que junho. Já a taxa média de juros no crédito pessoal consignado se manteve estável em 23,2% ao ano, enquanto no crédito pessoal não consignado houve um aumento de 1,9 pontos percentuais em relação ao mês anterior, atingindo 89,5% ao ano.

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