Em uma janela magra de apenas 30 minutos, a SpaceX conseguiu neste domingo (13) realizar mais um lançamento de seu superfoguete Starship —o quinto da série— e, pela primeira vez, recuperou o primeiro estágio num inédito pouso na própria plataforma de lançamento, em Starbase, instalação da companhia americana em Boca Chica, no Texas.
Esta conquista marca um avanço significativo para a SpaceX, tornando o veículo rapidamente reutilizável, condição crucial para viabilizar o retorno tripulado da Nasa à Lua ainda nesta década, a partir da missão Artemis 3.
O voo, programado pela empresa em meio a obstáculos com a FAA (agência reguladora de voos comerciais de foguetes nos EUA), foi autorizado após pressão da SpaceX, indústria e Congresso, acelerando o processo de licenciamento e permitindo o lançamento histórico.
A decolagem ocorreu dentro da janela estipulada para voo, entre 9h e 9h30 (horário de Brasília), e o primeiro estágio se separou com precisão, sendo recuperado na plataforma de lançamento. O pouso inédito surpreendeu pela audácia, demonstrando a capacidade de reutilização do Starship.
A estratégia de recuperação envolve o uso de “Mechazilla”, dispositivo que segura o foguete em pleno ar para então colocá-lo na plataforma. Com o sucesso desse procedimento, a viabilidade do reúso do Starship se torna mais clara, preparando o caminho para lançamentos em rápida sucessão.
Essa capacidade é fundamental para os planos da SpaceX e da Nasa, que pretendem colonizar Marte e realizar missões tripuladas à Lua. O próximo desafio será demonstrar a capacidade de reabastecimento em órbita, algo nunca feito nessa escala antes. No entanto, o pouso histórico do Starship neste domingo marca um passo crucial nessa jornada.
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