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PF deflagra 29ª fase da Operação Lesa Pátria em busca de envolvidos nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes



Polícia Federal deflagra mais uma fase da Operação Lesa Pátria

Nesta quinta-feira, 29 de novembro, a Polícia Federal (PF) deflagrou mais uma etapa da Operação Lesa Pátria. Essa é a 29ª fase da investigação, que visa identificar todos os envolvidos nos atos golpistas realizados na Praça dos Três Poderes.

Os policiais estão realizando buscas em 10 endereços localizados em três Estados brasileiros – Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás – e no Distrito Federal.

Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator das investigações sobre os protestos ocorridos no dia 8 de janeiro.

A Operação Lesa Pátria se tornou uma ação permanente, com a abertura de novas fases regularmente. As investigações estão previstas para se estender até janeiro de 2025.

Principais fases da Operação Lesa Pátria

Na primeira etapa da operação, cinco suspeitos de participação nos atos golpistas foram presos, incluindo figuras como “Ramiro dos Caminhoneiros”, Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio.

Já na segunda fase, a equipe policial deteve o extremista Antônio Cláudio Alves Ferreira em Uberlândia (MG), após ele ter sido filmado destruindo um relógio histórico no Palácio do Planalto.

A terceira fase resultou na prisão de cinco pessoas, entre elas a idosa Maria de Fátima Mendonça, que se tornou viral ao dizer em um vídeo que iria “pegar o Xandão”. Nessa mesma etapa, Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de buscas.

A quarta fase da operação prendeu o empresário conhecido como Márcio Furacão, que filmou sua participação na invasão ao Palácio do Planalto, e o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como “Homem do Tempo”, que fez vídeos dentro do Congresso Nacional e do STF.

Na oitava etapa da operação, houve um grande número de mandados, com 32 investigados tendo suas prisões decretadas. A PF deteve golpistas como a mulher responsável por pichar a estátua da Justiça em frente ao STF com a frase “perdeu, mané” e o homem que teria levado uma bola autografada por Neymar da Câmara dos Deputados.

A fase 9 levou à prisão preventiva de um major da Polícia Militar do DF da reserva, suspeito de incitar os atos golpistas e administrar recursos que financiaram ações antidemocráticas.

Nas fases iniciais, o foco da PF era prender os extremistas que participaram dos atos golpistas e conseguiram fugir. Com o avanço das investigações, os financiadores passaram a ser alvo das diligências.

A operação também alcançou figuras políticas, como o deputado estadual Amauri Ribeiro, de Goiás, e a cúpula da Polícia Militar do DF, com oficiais sendo presos sob suspeita de omissão e conivência com os invasores.

Além disso, o deputado federal Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara, também foi alvo de buscas motivadas por mensagens trocadas com uma liderança de extrema direita.


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