Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) sobe 0,29% em agosto e reflete desaceleração em relação ao mês anterior
Nos últimos 12 meses, o IGP-M acumula um crescimento de 4,26%. Em contrapartida, desde o início do ano, o aumento foi de 2%. É interessante observar que há um ano, em agosto de 2023, o cenário era bem diferente, com o IGP-M registrando uma deflação de 0,14% e uma queda de 7,2% nos últimos 12 meses.
Calculado pela FGV, o IGP-M tem como objetivo medir a inflação, porém, sua metodologia é distinta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial da inflação no país pelo IBGE. Mesmo assim, o IGP-M é frequentemente utilizado como referência para reajustes anuais de contratos de aluguel, por isso é conhecido como “inflação do aluguel”. Além disso, é utilizado como indexador em contratos de serviços como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde.
O IGP-M é composto por três classes de preços: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos custos no atacado; Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula a cesta de consumo das famílias; e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Observando os índices componentes, todos apresentaram desaceleração na transição de julho para agosto. O IPA avançou 0,29%, abaixo dos 0,68% do mês anterior, devido principalmente aos preços das commodities, como minério de ferro, farelo de soja e feijão. O IPC registrou uma variação de 0,09% em agosto, contra 0,30% em julho, com cinco das oito classes de despesas desacelerando. Já o INCC permaneceu estável, passando de 0,69% para 0,64%.
Assim, o cenário atual do IGP-M apresenta uma desaceleração em seus componentes, refletindo uma tendência de estabilidade nos preços e inflação controlada, o que impacta diretamente em contratos de aluguel e outros serviços indexados a esse índice.
