Incêndios consomem mais de 2 milhões de hectares no Pantanal e alerta de perigo extremo é emitido após frente fria.

Desde o início deste ano, o Pantanal tem sido duramente atingido por incêndios que já consumiram cerca de 2,3 milhões de hectares, o que representa 15,61% de toda a extensão desse bioma. De acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a situação se agravou após a passagem de uma frente fria que resultou em um alerta de perigo extremo de fogo emitido pelo sistema do Lasa-UFRJ para a Bacia do Paraguai, no Pantanal.

Esse alerta prevê que até o próximo sábado, a região continuará a enfrentar condições climáticas desfavoráveis para o combate aos incêndios, com um alto índice de propagação do fogo. Além disso, as terras indígenas do Pantanal também foram severamente afetadas, com mais de 371 mil hectares consumidos pelo fogo. A Terra Indígena Kadiwéu foi a mais prejudicada, tendo mais de 357 mil hectares de seu território atingidos, o que equivale a 66,4% de sua área total.

Para combater esses incêndios, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) informou que 959 profissionais estão em ação, apoiados por 18 aeronaves. Até o momento, 569 animais silvestres já foram resgatados. Além disso, uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que o governo federal intensifique seus esforços no combate aos incêndios na região do Pantanal e da Amazônia, estabelecendo um prazo de 15 dias para que mais recursos humanos e equipamentos sejam disponibilizados.

Diante desse cenário crítico, o governo federal autorizou a estruturação de brigadas temporárias em municípios de 18 estados e do Distrito Federal, visando a agilidade na resposta aos incêndios. Equipes especializadas de pronto emprego também poderão ser contratadas para uma mobilização em menos de 24 horas. A situação ambiental no Pantanal continua preocupante e exige uma atuação urgente e eficaz para conter essas devastadoras queimadas.