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Amplitude térmica na região metropolitana de São Paulo
No cenário pós a intensa massa de ar polar que assolou os últimos dias, a região metropolitana de São Paulo se prepara para enfrentar um fenômeno típico do inverno: a grande amplitude térmica. Este fenômeno se caracteriza pela diferença entre as temperaturas mínima e máxima no mesmo dia.
Nesta quinta-feira (29), os moradores já poderão sentir uma amplitude térmica de 14°C, de acordo com a previsão do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo. O dia iniciará com formação de névoa úmida e céu nublado, registrando uma temperatura mínima de 11°C. Contudo, com a aparição do Sol, a temperatura máxima atingirá os 25°C, dissipando a sensação de frio na região.
A expectativa é que ventos úmidos provenientes do oceano atinjam a região no fim da tarde, provocando uma nova queda nas temperaturas. Assim, os habitantes experimentarão o efeito cebola, camada por camada de roupas sendo retiradas e recolocadas ao longo do dia, em resposta às variações climáticas.
Nos próximos dias, a tendência é de amplitudes térmicas ainda maiores, com a máxima subindo mais que a mínima. Na sexta-feira (30), os termômetros deverão oscilar entre 13°C ao amanhecer e 28°C no meio da tarde, registrando uma amplitude de 15°C, segundo projeções do CGE.
Nesta quarta-feira (28), a amplitude térmica na Grande São Paulo foi de 11,3°C, com temperatura mínima média de 9,2°C e temperatura máxima média de 20,5°C. A mínima absoluta foi de 6,4°C, registrada no bairro de Engenheiro Marsilac, em Parelheiros, na zona sul.
Apesar do aumento das temperaturas, a Defesa Civil municipal mantém o estado de alerta para baixas temperaturas desde sexta-feira (23).
Além disso, a volta do calor trará consigo a preocupação com a diminuição da umidade relativa do ar. Com o tempo seco se tornando um problema no estado, as queimadas, principalmente na zona rural de municípios na região de Ribeirão Preto, preocupam as autoridades. A Defesa Civil paulista emitiu alerta de emergência para incêndios no próximo fim de semana em várias regiões do estado.
De acordo com o CGE, a taxa de umidade do ar deverá ficar em torno de 30% nos períodos mais quentes na região metropolitana de São Paulo. No interior do estado, a situação será ainda mais crítica, com algumas regiões registrando índices abaixo de 20%.
A Organização Mundial de Saúde estabelece que índices de umidade inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Além do ressecamento das vias aéreas, a poluição do ar tende a agravar as doenças respiratórias, afetando especialmente idosos e crianças.