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Família mora debaixo de ponte após enchente no RS; desafios incluem animais e incerteza sobre realocação




Reportagem sobre família desabrigada após enchente

Uma família sob a ponte: a história de Milton do Nascimento

No início de julho, a equipe de reportagem teve a oportunidade de conhecer a emocionante história de Milton do Nascimento, um homem de 58 anos que, juntamente com sua esposa, Gabriela de Freitas, e a enteada, Natália da Silva, de 10 anos, encontrou no entroncamento das BRs 116 e 290, em Porto Alegre, um novo lar improvisado sob uma ponte. Tudo isso depois que sua residência foi inundada por uma enchente que assolou o Rio Grande do Sul há dois meses.

Milton e sua família se viram obrigados a buscar abrigo em um local próximo, onde pudessem estar seguros e manter seus mais de 40 animais, entre cabras, porcos, cavalos e cachorros. A decisão de se instalar debaixo da ponte não foi fácil, mas necessária para garantir a sobrevivência de todos.

A rotina da família é marcada por desafios, mas também por momentos de união e superação. Gabriela, em meio às tarefas domésticas e aos cuidados com os animais, encontra tempo para estudar à noite. Natália frequenta a escola durante o dia e, juntos, assistem a uma novela ao final do dia. Mesmo nas condições adversas, a esperança e a resiliência estão presentes no dia a dia de Milton e sua família.

Desafios e impasses

Apesar dos esforços do poder público em oferecer abrigo e assistência às famílias desabrigadas pela enchente, Milton e outras 11 famílias permanecem morando à margem da estrada, em condições precárias. O impasse da realocação se deve a diversos fatores, como o medo de saques, a preocupação com os animais e a demora na entrega de moradias prometidas pelo governo.

A situação de Milton e sua família reflete a realidade de muitos que, mesmo enfrentando dificuldades, mantêm a esperança de um futuro melhor. Enquanto aguardam por uma solução definitiva, continuam resistindo e buscando forças para seguir em frente.

Esforços e desafios na reconstrução

O compromisso das autoridades em reconstruir as áreas afetadas pela enchente é evidente, porém os desafios são grandes e a lentidão no processo de realocação preocupa. A demora na entrega de moradias e a burocracia para obter assistência têm sido motivo de angústia para muitas famílias, incluindo a de Milton.

A esperança de dias melhores permanece viva, mas a urgência na resolução dos problemas é evidente. As famílias que lutam para reconstruir suas vidas após a tragédia merecem uma atenção especial e soluções efetivas por parte das autoridades competentes.

Continuaremos acompanhando de perto a trajetória de Milton e sua família, na esperança de que em breve possam ter um lar seguro e digno, onde possam recomeçar suas vidas com a tranquilidade e a segurança que tanto almejam.


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